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JANEIRO, MEMÓRIAS
sobe às vezes de dentro de nós, como por eclusas, a visão esquecida da mesma paisagem. e então o moinho roda, os mortos voltam, o velho passal enche-se de perfume e de frutos. no mesmo lugar onde hoje os herdeiros disputam para as suas redes altas de arame o sol, há vozes de paz, crianças correndo, leves pássaros saltitantes. vê-se tudo como nas iluminuras