ENFARNA

enfarna, flor de oliveira, primavera, verão
Fotografia de Josevi Parra

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ENFARNA

lia um poema de Tassos Denegris,
a terra era seca,
as oliveiras floridas mostravam
como se pode e como se deve.
o sol empunhava a mão
contra as pedras,
havia um aroma subtil
no pó.
as metáforas faiscavam em pouco
e calavam-se:
enfarna era a palavra,
a palavra que me seduzia

João Ricardo Lopes