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A BARBA POR FAZER, O CASACO AO VENTO
a barba por fazer, o casaco ao vento,
silêncio no lugar das respostas,
olhos brilhantes e ardilosos,
espiguetas e cizânia,
cardos do mar
no areal há caminhos semelhantes
ao que desenham os meus pés
uma ou outra vez na minha vida
transformo-me em mineral para que as marés
me lapidem
sou de vidro, sim.
calem-se todos! vós também,
vozes na minha cabeça!